domingo, 21 de agosto de 2011
Futebol Americano ganha espaço no interior do RN
Você sabe o que são cheerleaders, touchdown e endzone? Se a resposta for não, pergunte aos moradores de São Paulo do Potengi, município distante 76km da capital Natal, que com certeza eles irão saber. No último final de semana, o Estádio Augusto Gomes da Rocha recebeu sua primeira partida de futebol americano, entre Bulls Potiguares e Ceará Cangaceiros, de Fortaleza-CE, e contou com a presença de um grande público.
Ao longo desta última semana as autoridades da cidade puderam avaliar positivamente a receptividade por parte da população ao novo esporte, que promete deixar uma semente plantada para a formação de um time do próprio município. Depois de ver o sucesso da primeira partida, vencida pelo time de Natal pelo apertado placar de 22 a 21, o próximo encontro do povo do Agreste com o futebol jogado com bola oval é no dia 17 de setembro, quando o Bulls enfrenta outro time cearense, o Dragões do Mar, novamente pela Liga Nordestina de Futebol Americano (Linefa).
No primeiro contato muita gente olha atravessado, às vezes dando risadas, estranhando algumas coisas. Um comentário pelo menos é unânime: o tamanho dos atletas, já que o futebol americano é talvez o mais democrático de todos os esportes.
No primeiro contato muita gente olha atravessado, às vezes dando risadas, estranhando algumas coisas. Um comentário pelo menos é unânime: o tamanho dos atletas, já que o futebol americano é talvez o mais democrático de todos os esportes.
Antes da partida eles se aquecem e correm em volta do gramado ao som de muito hip hop. Um carro de som à beira do campo leva, além da música, informações ao público sobre o esporte. Na primeira partida do Bulls Potiguares em São Paulo do Potengi, os estudantes de jornalismo Pedro Paulo Ubarana e Luciano Galvão é que foram escalados para narrar e comentar, respectivamente, o jogo. Também jogador do Bulls, Luciano explica que a locução nos jogos é extremamente importante pelo fato de se tratar de algo novo para o grande público. "Todo jogo tem alguém que fica responsável por isso (narração), porque quase ninguém que está lá entende o futebol americano", explica. "A gente faz isso para ir explicando e fidelizando as pessoas para o esporte, por isso a gente tenta ser o mais didático possível", diz.
Enquanto os times vão ganhando torcida das arquibancadas, existem pessoas que estão ainda mais interessadas na partida. Durante a partida entre Bulls e Ceará Cangaceiros, por exemplo, jogadores do maior adversário do time potiguar, o Natal Scorpions, faziam a transmissão em tempo real do confronto via internet. Segundo Luciano Galvão, esse é o modo de divulgação do campeonato.
Enquanto os times vão ganhando torcida das arquibancadas, existem pessoas que estão ainda mais interessadas na partida. Durante a partida entre Bulls e Ceará Cangaceiros, por exemplo, jogadores do maior adversário do time potiguar, o Natal Scorpions, faziam a transmissão em tempo real do confronto via internet. Segundo Luciano Galvão, esse é o modo de divulgação do campeonato.
"Sempre se fica atualizando no Twitter ou nas comunidades do Orkut e o pessoal dos outros estados ficam acompanhando", diz. Além de narrar, transmitir e jogador, os atletas têm a missão ainda de animar puxar a torcida. Em conjunto com as cheerleaders (líderes de torcida - integrantes de um projeto social do município), os jogadores vão ensaiando os gritos cantados pelos espectadores. O instante de maior semelhança ao futebol tradicional é inconfundível. A cada chegada a endzone (área do adversário) o grito de "gol" é marca a conquista de mais um touchdown (pontuação equivalente a seis pontos).
Fonte: www.dnonline.com.br
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